Em
26 de outubro de 2017 tomei posse na Academia de Letras do Brasil/Canoinhas, juntamente com três
confrades, em cerimônia presidida pela atual
presidente Soeli Regina da Silva Lima.
A Academia de Letras de Canoinhas
fundada em 2014 é uma associação literária, filosófica e cultural.
O objetivo da Academia de Letras é a identificação de escritores,
estímulo da leitura e da escrita e a organização de segmentos culturais no Planalto
Norte.
Como deveria escolher um patrono, pessoa entre os grandes vultos
da cultura brasileira, a escolha recaiu no nome do estadista Luiz Henrique da
Silveira, figura única que marcou a história de Santa Catarina com um legado de
bons exemplos e grandes obras. Consta de sua biografia, além de aspectos
culturais e humanos, sua dedicação à causa pública.
Currículo
de Sinira Damaso Ribas
Por Marilza Silveira Senna
Sinira Damaso Ribas é natural de
Papanduva SC, filha de Jahyr Damaso da
Silveira e Alice Furtado da Silveira.
Cursou Pedagogia e
posteriormente especialização em Administração Escolar
pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Palmas, PR.
Concluiu o Curso de
pós-graduação em Interdisciplinaridade pela CELER Faculdades de Xaxim SC.
De 2010 a 2014 Sinira cursou pós-graduação em
Parapsicologia Social e Institucional Sistema Grisa em Curitiba PR.
Sinira
Damaso Ribas ingressou no Magistério no
Grupo Escolar Alinor Vieira Côrte de Papanduva. Aí então contribuiu para a
transformação desta escola em Ginásio Normal
Marcílio Santiago, grande conquista para a comunidade que só
dispunha do ensino primário.
Sinira Damaso da Silveira casou-se com
Nataniel Rezende Ribas, com quem teve três filhos, Humberto Jair Damaso Ribas,
Silmara Damaso Ribas e Daniela Damaso Ribas, hoje cidadãos atuantes na
comunidade de Papanduva.
Sinira participou
da criação do Colégio Papanduva, em 1972, com curso de Contabilidade e
Magistério.
Tem experiência na área de Educação, com ênfase em
Formação de Professores, lecionando Didática no Colégio Papanduva, por longo
tempo.
Como Administradora Escolar lotada na 8ª UCRE,
atuou por certo tempo junto à equipe de supervisão escolar nos municípios de
Porto União, Irineópólis, Canoinhas, Três Barras, Monte Castelo, Papanduva,
Itaiópolis, Campo Alegre, Rio Negrinho e São Bento do Sul.
Foi professora, auxiliar de direção, diretora de
escola e se aposentou como Supervisora Escolar pelo município de Papanduva e
Monte Castelo, tendo muito se empenhado na criação de escolas. Atuou inclusive
junto às escolas municipais dos dois municípios.
De 2001
a 2005 foi tutora de um Curso de Pedagogia pela
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, na modalidade a distância.
Na verdade, Sinira pouco se afastou da educação
escrevendo obras didáticas e paradidáticas entre outros estilos de literatura.
Obras Literárias:
● Escreveu
em 2004 – “Síntese Histórica de
Papanduva”, obra didática direcionada aos alunos do Curso Fundamental,
doada à Câmara de Vereadores de Papanduva.
● Escreveu
e lançou em 2004 “Resgate de Memórias.
Papanduva em
Histórias. Famílias ”.
● Em 2006
lançou o romance histórico – “O Amor do
Tropeiro nos Caminhos do Sul”,
trabalho de resgate da época do tropeirismo.
● Em 2008 lançou as “Coleções Corpo Enxuto I ” versando sobre Obesidade Infantil.
● Editou em
2009 as “Coleções Corpo Enxuto II”
sobre Combate à Obesidade Infantil.
● Editou em
2009 “Brasilidade. Historia e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena”.
● Editou em
2010 “Identidades. Historia e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena”.
● Em 2016
publicou – “Dois
Tons de Tempo. Antologia de Contos & Poesias” pela Lura Editorial.
Httpp://sinira10.blogspot.com
● Publicou
Coletânea de Artigos, Ensaios, Crônicas Históricas e Pedagógicas, em
jornais da região, Revista História Catarina, Portais de Internet e no seu
próprio blog – Sinira Ribas.
Sinira como sócia fundadora do Instituto de
Genealogia do Estado de Santa Catarina – INGESC concedeu entrevistas e proferiu
palestras em Lages e Florianópolis sobre “Formação
das Famílias do Planalto Norte de Santa Catarina”.
Como conhecedora da História do Contestado proferiu várias palestras na Radio Cultura
de Curitiba no Programa Nossa História.
Sinira Damaso Ribas tem formação em Reiki, Terapia
Floral e Terapia Ortomolecular.
Sinira conta ainda com muitas outras aptidões com
que foi dotada pelo criador, além de mãe, esteio de família e amiga de muitas
pessoas de todas as classes sociais.
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Biografia do Patrono da Cadeira nº 19 da Academia Brasileira de Letras/Canoinhas
Luiz Henrique da Silveira
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Biografia do Patrono da Cadeira nº 19 da Academia Brasileira de Letras/Canoinhas
Luiz Henrique da Silveira
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Discurso de Defesa do Patrono Luiz
Henrique da Silveira em posse na Academia de Letras do Brasil/ Canoinhas
Por Sinira Damaso Ribas
Senhora Presidente, Senhoras e
Senhores Acadêmicos, autoridades e ilustres convidados.
Ao ocupar esta Cadeira, determinei
defender como patrono,
Luiz Henrique da Silveira.
Poderemos dar apenas uma pincelada
fugaz sobre sua biografia, não por acaso, muito extensa e muito rica.
Filho de
Moacir Iguatemy da Silveira e Delcides Clímaco da Silveira, Luiz Henrique
nasceu em Blumenau, Santa Catarina em 1940, mudando para Florianópolis ainda
muito novo. Casado com a brusquense Ivete Marli Appel da Silveira, tinha dois
filhos.
Luiz Henrique
tinha genética e sangue de estadista, pois na sua genealogia se encontra um
ancestral Luís Maurício da Silveira que
de 1805 a 1817 foi o Governador da Capitania de Santa Catarina.
Era formado em
Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Ainda em Florianópolis, tornou-se
professor de História Geral do Colégio Coração de Jesus. Em 1966 transferiu-se
para Joinville, onde montou sua banca de advocacia e ministrou aulas de
Português e História Geral no Colégio Bom Jesus e de Direito Público e Privado
na atual Univille.
Marcante em
sua vasta biografia foi sua atuação em 11 mandatos eletivos marcando sua vida
pública por mais de 44 anos, sendo eleito cinco vezes deputado, três vezes
prefeito de Joinville, duas vezes governador do Estado de Santa Catarina e uma
vez Senador da República em cujo mandato veio a falecer em 2015. Foi inclusive,
Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia (1987-1988)
Além do
direito e do magistério, Luiz Henrique dedicou-se às letras, escrevendo quatro
livros, artigos para jornais do interior de Santa Catarina e crônicas para o
jornal A Notícia de Joinville, por mais de 40 anos.
Luiz Henrique era um mago
das palavras, construindo-as, desconstruindo-as, criando uma linguagem sóbria
para expressar seus pensamentos em discursos, palestras, pronunciamentos,
livros, artigos e crônicas.
OBRAS PUBLICADAS
OBRAS PUBLICADAS
- Curso Básico de Direito do Trabalho
na UDESC (1969)
- O Gesto e a Palavra (1975)
- O Exercício da Legalidade (1976)
- Sempre aos Domingos, Editora Horizonte, Brasília (1995)
- O Gesto e a Palavra (1975)
- O Exercício da Legalidade (1976)
- Sempre aos Domingos, Editora Horizonte, Brasília (1995)
As crônicas de Luiz Henrique da Silveira versavam sobre os
mais diversos temas e muitas vezes se apresentava a oportunidade e o dever
do cidadão de transmitir suas
experiências cotidianas, escrever e reescrever a vida.
Luiz Henrique da Silveira,
extraordinário homem público, foi um cidadão que marcou a história de Santa
Catarina, um político que deixou, não apenas uma condição de mudança profunda
na forma de administrar, mas também um legado de grandes obras em prol da
educação e da cultura. Além de estadista, foi um grande humanista, pessoa ética
e íntegra.
Recebeu inúmeros títulos, condecorações e medalhas.
Luiz
Henrique da Silveira soube inovar, edificar, ensinar o relacionamento,
construir pontes de diálogo e de convivência e por isso se transformou em um
dos maiores nomes da história da cultura de Santa Catarina. Era também um
realizador destacável com obras visionárias que projetaram o nosso Estado para
o futuro.
De 1977 a
2014 cumpriu inúmeras missões no exterior defendendo as causas brasileiras na
ONU e em diversos países como Estados Unidos, Cuba, Haiti, Argentina, México, Venezuela, Paraguai, Uruguai,
Alemanha,
Portugal Romênia, Tchecoslováquia, Índia, França, Itália, Suíça, Rússia,
Espanha, Bélgica, República
Tcheca e à Eslováquia, China e no Estado insular de
Taiwan.
E mais, Luiz Henrique sendo muito culto, tinha visão de futuro. Conseguia conciliar a
arte da escrita com o ofício da política.
Era um poeta, um compositor. Compôs duas músicas: Canto de praia e O Monge
Tibetano. Muitas vezes, em seus discursos, falava uma bela frase ou uma
poesia.
Por esse motivo, considero Luiz Henrique da Silveira uma escolha justa e seu patronato uma homenagem válida para a participação nesta egrégia instituição.
Por esse motivo, considero Luiz Henrique da Silveira uma escolha justa e seu patronato uma homenagem válida para a participação nesta egrégia instituição.
Papanduva, outubro de 2017.
sinira10@yahoo.com.br