X I S T
O
Extração de óleo de XISTO. Vantagem econômica, maldade
para o meio ambiente.
A extração do óleo de XISTO em Papanduva abre perspectivas
sinistras ao meio ambiente, alarmando a população do Planalto Norte de Santa
Catarina. Uma rocha – o xisto – é um polêmico meio de extrair petróleo e gás
que ganhou peso na produção energética.
Há quem tem apoiado politicamente a produção de óleo de
xisto, mesmo com a controvérsia ambiental que cerca a questão.
Papanduva,
município do Planalto Norte de Santa Catarina se vê na iminência de tornar-se a
próxima vítima da ganância e o descaso pelo meio ambiente. Os munícipes choram
antevendo o desastre ecológico que está prestes a se iniciar.
Pensa-se
que a extração do óleo de xisto pode gerar impostos e alavancar a economia, mas
e o prejuízo para a saúde das pessoas e animais? Atentemos para o mal que se
causa à natureza colocando em risco nosso maior patrimônio que é a terra é a
água.
O xisto é uma camada de rocha sedimentar originada sob
temperaturas e pressões elevadas, contendo matéria orgânica, disseminada em seu
meio mineral. Ao aquecer essa rocha obtém-se um óleo que em seguida é refinado,
idêntico ao petróleo de poço, sendo um
combustível muito valorizado. É possível produzir gasolina, gás combustível e
enxofre através do óleo encontrado no xisto betuminoso. No entanto, a exploração de xisto é cara, trabalhosa,
extremamente poluente e de pouco retorno.
“Os impactos ambientais ocasionados pela exploração de xisto
são: poluição hídrica, emissões gasosas de enxofre e alto risco de combustão
espontânea dos resíduos remanescentes da rocha sedimentar”, segundo
publicação
de Wagner de Cerqueira e
Francisco em Fontes de Energia.
O Brasil explora o xisto
comercialmente desde 1972, quando a Petrobras abriu sua refinaria de
Industrialização do Xisto, a SIX, em São Mateus do Sul (PR). A atividade
apresenta dois impactos ambientais salientes. O primeiro, ligado ao processo de
abertura das minas, envolve a retirada da vegetação e do solo. O segundo,
relacionado ao processamento e refino, é a emissão de gases-estufa. Um estudo,
de Helvio Rech, da Universidade Federal do Pampa (RS), detectou que a
exploração do xisto está diretamente relacionada à incidência de problemas
respiratórios na população.
A
Empresa Irati Energia que pretende explorar o xisto na região de agricultura
mais rica de Papanduva, leva em conta as vantagens de
infraestrutura já existente como rodovias municipais e federais, ramal ferroviário, linhas de energia elétrica, portos próximos, bem como uma ampla rede de distribuidores independentes de óleo combustível.
infraestrutura já existente como rodovias municipais e federais, ramal ferroviário, linhas de energia elétrica, portos próximos, bem como uma ampla rede de distribuidores independentes de óleo combustível.
A Irati Energia, empreitada no Brasil da gigante
canadense Forbes & Manhattan, foi criada em 2011 para explorar o xisto da
região.
Em Papanduva a oposição popular é grande e
algumas ações já mobilizam a sociedade. Os agricultores reagem à ideia nefasta
de perfurar suas terras e destruir suas lavouras com prejuízos ao ecossistema
como um todo. Opositores alegam que método
pode envenenar reservas subterrâneas de água, o que seria deplorável. Contribuindo para agravar a situação está a
carência de evidências científicas definitivas para muitas das questões mais
contestadas. Ainda estamos no escuro, mas sabemos que mesmo com
algumas vantagens, as desvantagens são expressivas tais como perturbações na
superfície, poluição significativa
do ar, terras e das águas.
Eis a questão.
#XISTONÃO
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