segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Reencontro de Formandos 1976 Colégio Papanduva


 
 
 
 




Os alunos e professores que tiverem  mais fotos podem me enviar para acrescentar aqui.
Enviem para sinira @globo.com

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Tropeirismo no Planalto Norte Catarinense


I Gincana Cultural – Projeto “O Legado do Movimento Tropeiro” realizado pela UnC – Campus de Mafra - 2010



         A Gincana teve início no mês de maio e faz parte do projeto de pesquisa que visa levantar o legado sócio-cultural do movimento tropeiro ao longo do antigo caminho no trecho do município de Mafra ao município de Papanduva tendo como tema O Tropeirismo. Sob a coordenação do professor Sandro Moreira, o projeto teve seu início no final do ano 2009 e encerrado no mês de setembro 2010 com o lançamento de um livro, incluindo o material coletado na Gincana Cultural.

O projeto tem apoio da Fundação Catarinense de Cultural através do Edital Elisabete Anderle, do Estado de Santa Catarina e da Universidade do Contestado
Onde eu  Sinira  entro nesta história?


Uma equipe da gincana me pediu ajuda, o que atendi prontamente.


Enviei 5 “causos” de tropeiros para o pessoal.
E ganhamos o primeiro lugar.


Recebi o resultado por e-mail:
De: "prof.cinthia@gmail.com"


12/08 2010
Olá Sinira
Agradeço a sua ajuda de causos. A equipe com que colaboramos ganhou em 1º lugar, saiu hoje o resultado.
Abraços,
                Cínthia

Quais os “causos” que enviei?

* Tropeiros perecem no Passo Ruim
* O Tropeiro, o índio e da onça
* O Tropeiro e o Corisco
* Tropeiro Alemão
* Resquícios do Tropeirismo em Papanduva


Entregue a premiação da I Gincana Cultural – Projeto “O Legado do Movimento Tropeiro” realizado pela UnC – Campus de Mafra
Na segunda quinta-feira (12) do mês de agosto de 2010, o Espaço do Pátio da Pedra recebeu para premiação as equipes vencedoras da I Gincana Cultural – Projeto “O Lageado do Movimento Tropeiro”.
      As equipes que participaram da Gincana coletaram o material através de entrevistas com pessoas moradoras na região compreendida do projeto de pesquisa.
      Na Categoria ensino médio a equipe vencedora foi Caçadores de Histórias 2 da Escola de Educação Básica Professora Paula Feres composta pelos alunos: Diego Patrick Ferreira de Moraes, Anderson Kalisky, Fabiano Goes Lucas, Camila Padilha, Gilmar Wengrnovski.

     Na categoria ensino superior a equipe vencedora foi a Caçadores de Cultura do Curso de Ciências Biológicas da UnC, Campus de Mafra composta pelos acadêmicos: Adriana Cristina Goldbach, Ricardo Smaga, Ana Carolina Zieskowski, Luciano Valério Junior.

Valeu moçada!




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    Tropeiros Perecem no Passo Ruim

Kolonie Zeitung de 01/02/1868 nº5 –pg.18 *1

Jornal da Colônia foi publicado na Colônia Dona Francisca,

antiga denominação para a cidade brasileira de Joinville.


Eis o texto do jornal há mais de 140 anos:


“No dia 13 de janeiro de 1868, no local denominado ‘Passo ruim’, no caminho de Rio Negro a Lages, a 8 léguas de distância de Rio Negro, foram mortos por bugres, quatro tropeiros adultos e dois garotos. Conduziam uma tropa de 17 mulas, carregadas de gêneros de secos e molhados.                      Faleceram no ataque, José Fernandes, José Mariano dos Santos, Francisco de Carvalho, João Manoel Ribeiro e os garotos Johann, e Generoso.”

Kolonie Zeitung - 01/02/1868-nº. 5- p.18 - resumo.


Tanto é verdade que José Mariano dos Santos foi inventariado em Lages, conforme consta COD. 10 CAIXA 34 (O1) 08. 1868 no
Museu do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina.__._,_.__


Passo Ruim é hoje comunidade adjacente à cidade de Papanduva SC, que naquele tempo pertencia a Rio Negro PR. Pertinho dali, se localiza o Passo da Cruz, local de muitas mortes de tropeiros no trajeto Sorocaba/Viamão.


Passo Ruim era um banhado no Caminho das Tropas, pela má drenagem de um afluente do rio São João. Era local de ataques de feras, índios e saqueadores de tropas. Assim se justifica o nome. Este episódio de 1868 vai para os meus registros históricos.
Em vão tentaram mudar o nome para Passo Feliz, mas não pega.


Hoje, as famílias Ribeiro, Santos, Fernandes e Carvalho continuam entre as pioneiras de Papanduva, mas constavam como de Rio Negro. E a BR 116 passa tranquila cortando a região sul.
Sinira Damaso Ribas. Papanduva, SC
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1 - Kolonie-Zeitung (Jornal da Colônia), foi um jornal publicado na Colônia Dona Francisca, antiga Joinville Santa Catarina. Foi fundado por Ottokar Doerffel. Seu primeiro número foi publicado em 20 de Dezembro de 1862, com máquinas trazidas de Hamburgo. Com uma tiragem inicial de 300 exemplares, funcionava como órgão informativo para a Colônia Dona Francisca e Blumenau. Doerffel enviava também 50 exemplares a Hamburgo, para distribuição na Alemanha.
Ao longo dos 80 anos de sua existência o jornal mudou de nome em 5 ocasiões.


Apesar de chocante, a íntegra da notícia foi publicada, e eu a transcrevo aqui, pois talvez seja útil a interessados no assunto em relação a alguns detalhes colocados:

“Rio Negro -17 de janeiro de 1868.


Um triste acontecimento deixou nossa freguesia abalada. Em 13 de janeiro, na estrada de Rio Negro a Lages, a 8 léguas de distância daqui, em Passo Ruim, um tropa com 17 mulas, que estavam carregadas de gêneros de secos e molhados foram atacados por Bugres e todos os condutores, quatro homens e dois garotos (jovens) foram mortos. Em 14 de janeiro veio a notícia através de um viajante que passou pelo local no início do dia; imediatamente o Subdelegado, Sr. Johann Bley, dirigiu-se, ao meio dia, com 30 homens, para o local do ocorrido. Na manhã do dia 15, o grupo chegou ao local e encontrou tudo da forma como foi deixado. Era uma visão horrorosa. Os corpos estavam deitados completamente nus, já em início de decomposição, com as varas, com as quais os mataram aparentemente colocadas propositalmente sobre seus corpos. As varas, em ambas as extremidades são untadas com cera, provavelmente de forma a não escorregarem da mão durante o uso.


Quantos aos mortos, Benedito José Fernandes apresentava uma lesão de porrete (Keulenschlag) no meio da cabeça, José Mariano dos Santos três lesões, e dois cortes de lança no abdômen; João Manoel Ribeiro, três lesões na cabeça e um em cada braço; Francisco de Carvalho quatro lesões na cabeça e o braço esquerdo esmagado; o jovem Johann, uma lesão na cabeça e o jovem Generoso três lesões na cabeça. Em todos caso, foram mortos durante o sono. Dos mortos, Carvalho estava deitado a uma certa distância em uma depressão. Possivelmente, tenha este acordado, levantado e corrido, e perseguido, buscado e então assassinado. O jovem Generoso foi encontrado em torno de 50 braças do local, na mata. Os Bugres não costumam matar crianças, mas os aprisionam para levá-los consigo; talvez Generoso tenha sido levado à família dos bugres e mais tarde assassinado, ou talvez os bugres, então sobrecarregados com materiais, e o garoto pode ter sido um incômodo, ou talvez tenha gritado demais, podendo chamar a atenção, denunciando o acontecimento; já era início da manhã e já se podia ouvir o trotar de qualquer cavaleiro. Isso pode ter causado a pressa dos bugres em fugir sem roubar-lhe as roupas. O menino por isso, talvez ainda estivesse vestido, enquanto todos os outros corpos foram encontrados nus. Apenas sobre um dos mortos havia sido curiosamente colocado um cinto indígena. Todas as mulas desapareceram, sem dúvida levadas pelos bugres, já que de todas as carnes, é a da mula a que estes preferem. Eles, no entanto não se preocuparam em colocar os cabrestos (Halftern); todo o material em couro e celas (Tragsättel) ainda foi encontrado, apenas o material em ferro e metal foi retirado. Do carregamento restava espalhado muita farinha, café, sal, e outros. Os bugres apenas levaram o que estava em sacos; 42 mil reis em moeda - papel, ainda estavam no local, já que para os bugres este não tem utilidade. Um tonel de cachaça foi encontrado vazio com seu fundo quebrado. A perda em materiais foi de 800 a 1.000 reis. Devido ao estado de decomposição dos corpos não foi possível transportá-los à cidade, e assim foram enterrados naquele local.

Na manhã de 17 de janeiro, o Subdelegado e seu grupo retornaram a esta cidade. Desde aproximadamente 18 anos não havia ocorrido ataque igual nesta região. Mas, é possível que isso ocorra novamente, já que atualmente, em todos os lugares nas matas da região observam-se muitos rastros de bugres”.

Kolonie Zeitung, p. 19-1/2/1868- nº.5

E assim foi........

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Festa de Lançamento de livro

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♥ O Amor do Tropeiro nos Caminhos do Sul ♥

Papanduva, 12 de agosto de 2006

Autora ►Sinira Damaso Ribas

O evento contou com Exposição de Arte e um saboroso

Café Colonial em prol da Associação Lar Vó Madalena






Texto de A Gazeta de São Bento do Sul - 14 de agosto de 2006
A escritora papanduvense Sinira Damaso Ribas, lança o segundo livro. Neste segundo trabalho a escritora introduz o romantismo e o amor de dois personagens da época, em episódios do tropeirismo, misturando a ficção a realidade. “O Amor do Tropeiro nos Caminhos do Sul”, título do livro, será lançado oficialmente em evento onde será acompanhado por um autêntico café colonial, no Clube Papanduvense, às 19:00 horas do dia12 de agosto.

A autora é papanduvense, orgulhosa de suas raízes, professora e pesquisadora de Genealogia e História. Seus estudos abordam temas envolvendo o Contestado, o Tropeirismo e História Regional. A obra revive a saga das tropeadas no Brasil oitocentista, entre Viamão/RS e Sorocaba/SP, com seus costumes, companheirismo, caçadas, pescarias, aventuras e amores.

A festa será abrilhantada com um saboroso Café colonial em prol do Lar Vó Madalena, conceituada instituição filantrópica local. O livro estará à venda em diversas livrarias do Planalto Norte ou pelo e-mail: sinira@globo.com.
O primeiro livro da autora “Resgate de Memórias – Papanduva em Histórias. Famílias”, foi um grande sucesso.

                                                  * * * 



quarta-feira, 16 de setembro de 2009

II Congresso de Genealogia SC INGESC

                                  
                       Foto oficial do II Congresso Catarinense de Genealogia

                          


                           

                                                                                                      Lançamento 
                    Brasilidade. História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena

                          

       
                                           
 

Sinira - Palestra - Nativos Brasílicos e Africanos







Florianópolis vivenciou de 11 a 13 de setembro de 2009, o
II Congresso Catarinense de Genealogia, com os Eixos Temáticos:
Santa Catarina: "Quaestio Originis" – Origens Demográficas e Destinos. Foi um novo sucesso do INGESC. Bombou! 150 inscrições! Organização impecável da esforçada equipe: Salete, Tânia, Fernando, Ismênia, Wiliam, Elpidio, Maria Helena e Anete. Nossos parabéns.
Na noite do dia 11, após a abertura, tivemos um cocktail com ricas iguarias, inclusive ostras, para agradar os mais exigentes paladares.
Sentimos o carinho do povo da capital, a todo o momento e nos mínimos detalhes. Mesmo com a chuva e o frio, a hospitalidade da gente “floripana” se mostrou grande como a sua maravilhosa ilha. O almoço de sábado foi excelente.
Promovido pelo Instituto de Genealogia de Santa Catarina – INGESC, em parceria com a Casa dos Açores Ilha de Santa Catarina, o II Congresso proporcionou oportunidade de integração entre estudiosos e pesquisadores de genealogia e história das famílias catarinenses. Oportunizou debates sobre questões relacionadas aos estudos de Genealogia Catarinense, Arquivos e Fontes nas Pesquisas Genealógicas.
A Programação do Congresso incluiu a realização de Palestras e Mesas Redondas sobre as origens e destinos dos diversos grupos étnicos que formaram a diversidade cultural catarinense. Nas palestras foram abordadas e discutidas as origens das populações que formaram Santa Catarina - seus destinos, etnias, sobrenomes, procedência, onde se instalaram, a herança cultural que trouxeram e que legaram aos seus descendentes e à sociedade barriga-verde. Foram abordados os grupos étnicos: Portugueses Continentais, Nativos Brasílicos, Africanos, Açorianos, Alemães, Italianos, Gregos e Ucranianos. Outros temas de palestras: Apresentação do brasão do INGESC e o símbolo do II Congresso; Recursos de pesquisa da Biblioteca Nacional; Os Cemitérios de Santa Catarina; Apresentação Cultural - Vídeo Quilombola e lançamento dos livros “Autdeutschen: A História que não foi Contada” de Zélia Maria Nascimento Sell e “Brasilidade. História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” de Sinira Damaso Ribas.
O INGESC recebeu uma dádiva de inestimável valor, a Biblioteca Genealógica de Elisiário Camargo Branco, de Lages.
Para êxito do II Congresso, participantes do INGESC e do Fórum SC-Gen, se fizeram presentes. Importante foi a participação da representante do Colégio Brasileiro de Genealogia, Regina Cascão, de Augusto Zeferino, vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, além de genealogistas do Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, coestaduanos, visitantes e estudantes da Grande Florianópolis. Para coroar o sucesso, empossamos novos sócios efetivos e o benemérito Osni Antonio Machado.
Daqui dois anos tem mais! Participe!

Por Sinira Damaso Ribas

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

II Congresso INGESC


Instituto de Genealogia de Santa Catarina – INGESC
II Congresso Catarinense de Genealogia.
Santa Catarina: “Questio Originis” –
Origens Demográficas e Destinos.
11 a 13 de setembro de 2009 - Florianópolis/SC




Prezados Senhores,

Encaminhamos release de palestra a ser proferida durante o II Congresso Catarinense de Genealogia, promovido pelo Instituto de Genealogia de Santa Catarina:

Brasilidade. História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena nas Escolas

Ministrante: Professora Sinira Damaso Ribas.

Data e Local: 12/09/2009, às 09h10min, Auditório Pe. Eduardo Michelis, Casa de Encontros Provincialado do Coração de Jesus, Florianópolis/ SC.

A Lei 11.645/2008 torna obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena nos estabelecimentos de ensino fundamental e ensino médio, públicos e privados.

A palestrante apresentará à comunidade o Caderno Pedagógico Brasilidade. História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, de sua autoria, direcionado para alunos de 6.º ao 9.º ano do Ensino Fundamental, trabalho no qual busca levar alunos e educadores a se posicionarem de maneira reflexiva e crítica sobre o significado e abrangência que o tema propõe.

É também proposta desse caderno pedagógico repensar a forma de trabalhar a multiculturalidade na escola, numa tentativa de contribuir com a construção de relações em que a diversidade seja foco de respeito e reflexão. O tema propicia a aprendizagem e a apreensão de algumas peculiaridades dos povos indígenas e de afrodescendentes, reconhecendo essas culturas e sua contribuição valorativa para a formação do povo brasileiro miscigenado.

O estudante e a sociedade devem reconhecer o quanto herdaram dos povos brasílicos originais e das culturas trazidas pelos africanos para fortalecer o sentimento de BRASILIDADE.

Sobre a palestrante: Sinira Damaso Ribas é Pedagoga, Especialista em Administração Escolar e Pós-Graduada em Interdisciplinaridade. Escritora de obras históricas, didáticas e paradidáticas, dentre as quais Resgate de Memórias. Papanduva em Histórias. Famílias; Coleções Corpo Enxuto I e II; Brasilidade. História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. É sócia-fundadora do Instituto de Genealogia de Santa Catarina – INGESC.
Organizadores II INGESC

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mulheres do Contestado

Fórum SC-Gen -
 Release de "As Mulheres do Contestado", tema abordado no programa "Nossa História", com a participação de diversos entrevistados, dentre os quais destacamos nossa colega Sinira Damaso Ribas!


De: "programa Nossa Historia"
http://br.f528.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=nossahistoriaam630@hotmail.com
"As Mulheres do Contestado" - tema do programa "Nossa história" de 25 de agosto de 2007 - sábado, seis da tarde, transmitido pela Rádio Paraná educativa am 630.A jornalista Zélia Sell, que já pesquisa o tema, reuniu escritores e historiadores que encontraram, em seus trabalhos de genealogia, perfis de parentes do sexo feminino que viveram nessa época.
O Contestado é um tema abordado em livros de dezenas de autores, mas o destaque à participação feminina no episódio não tinha acontecido até então.
As bravas mulheres do Contestado tiveram suas propriedades invadidas, seus bens saqueados e seus parentes mortos de forma cruel. Mães de família, fazendeiras, comerciantes, parteiras, elas foram conduzidas a redutos e muitas vezes se transformaram em guerreiras valentes como Maria Rosa e Chica Pelega.
O programa apresentará também o projeto para que uma praça seja dedicada em Curitiba a essas mulheres.
"Nossa História" pode ser ouvido pela internet no sábado, das 18h00 às 19:00 horas na página:
http://www.pr.gov.br/rtve
clicando no link à esquerda da tela onde se lê "Rádio am 630 ao vivo".
Sugestões podem ser enviadas para: Caixa Postal 25 - CEP 80011970- Curitiba-Paraná


Mulheres no Contestado
Sinira Damaso Ribas

No tema, Mulheres no Contestado, meu enfoque é sobre uma senhora da população civil, que se viu envolvida no conflito.


Vou contar a história de Maria Peters da Silveira, (1881–1967), nascida em Bela Vista do Sul SC, descendente de imigrantes alemães.
Maria era irmã gêmea de João, nascidos em 1881. É filha de João Peters (1841) e de Rosa Peters (1844). Esta por sua vez, filha de Suzana Stresser (1818) e Jacob Peters (1813). Suzana era filha de Suzana Maria Raiter e João Stresser (1800), chegados em Rio Negro em 1829. Maria Peters tinha como avô paterno Johanes Peters chegado em Rio Negro em 1829.
Criou-se em Bela Vista do Sul (hoje Mafra), numa família numerosa, envolvida nas lides campeiras e lavoura. As meninas preparavam-se para ser donas de casa e boas mães de família, tarefa que ficava a cargo de sua mãe, Dona Rosa Peters. A família era católica e repassava aos filhos a rígida educação que trouxe do berço da longínqua Alemanha. Casou-se com Luís Damaso da Silveira Filho (1873 – 1938), morador de Bela Vista do Toldo SC, nascido na Lapa PR.
Maria era uma mulher alta, meiga, de traços delicados, culta, lia muito. Estava sempre de vestido longo e na mocidade usava espartilho. Para andar a cavalo, as mulheres sentavam-se de lado, sobre o selim e o vestido era estendido sobre a garupa do animal.
O casal Luís e Maria veio morar na localidade de Salceiro, nas proximidades de Canoinhas, já no início do século passado. Ali construiu casa de morada, com amplos galpões e celeiros. Cuidavam da agricultura de subsistência, criação de gado e suínos.
Marica assumia o encargo de cuidar das vacas de leite, da horta, do jardim, e da criação dos filhos. Contava para isso com a preciosa ajuda de algumas serviçais e já com as meninas mais velhas para cuidarem dos irmãos pequenos. Era uma dona de casa dinâmica e prendada. Com a abundância de leite que se produzia, fazia queijos, que eram vendidos em Canoinhas. Para isso, uma vez por semana, Marica chamava os meninos para atrelarem um animal em sua charrete e lá ia ela, com algumas crianças menores até à cidade, vender queijos curados, ovos, requeijão, nata e leite fresco.
Em janeiro de 1912, Marica, com apenas 31 anos, já tinha os filhos, Rosa, Vitório, Davino, Hercílio, Anita e João Batista.
Iniciava-se o ano de 1912, e Maria, já em 15 de fevereiro, pariu o seu 7º filho, o pequeno Jair. Numa madrugada, quando o nenê estava com 17 dias, a família foi acordada com o aviso de que jagunços estavam se aproximando do Salceiro e era preciso tomar providências para não perecer.
Dias antes Luisinho já soubera que em Canoinhas, alguns revoltosos andavam fazendo motins na localidade. Muita gente estava sendo injustiçada por ação de desapropriações e desmando de alguns chefes da Lumber. As autoridades se mostravam omissas e alguns líderes da comunidade se colocavam a favor dos injustiçados revoltosos.

Em 1910, a Souther Brazil Lumber and Colonization Company, instalou-se em Três Barras e construiu ramais ferroviários que partiam do pátio da serraria e rasgavam densos pinhais, prejudicando muitos posseiros e proprietários que há muito viviam no planalto.
A região era habitada por descendentes de alemães, imigrantes poloneses e na grande maioria pelos caboclos nativos ou operários da Lumber.
Com o conhecimento do perigo iminente, Luís e Marica tomaram seus filhos, alguns pertences e saíram de casa, pelos fundos da propriedade, de barco, através do rio Canoinhas. Pelo rio seguiram até certo ponto e depois a cavalo rumaram por terra a Bela Vista do Sul para se refugiarem junto aos familiares Peters.
Entre as peripécias da viagem consta que o bebê Jair caiu do cavalo, mas nada de pior aconteceu porque estava envolto em mantas e muito bem acondicionado nos tradicionais cueiros e faixas de antigamente.
A casa da família Damaso da Silveira, no Salceiro foi saqueada pelos jagunços, que dela levaram tudo e inclusive animais e víveres dos celeiros. Para completar o quadro de destruição a casa foi queimada e só sobrou a chapa do fogão jogada dentro do poço.
Imaginemos a angústia que passou a família com 7 filhos, quase sem roupas, sem cobertas, sem móveis e sem casa. O importante é que ninguém pereceu.
Maria foi muito forte nesta adversidade e encontrou em Bela Vista do Sul, no seio da família Peters o abrigo. O mesmo aconteceu com Luís, que foi ajudado nesta triste circunstância, pelos irmãos e pelos pais, moradores em Bela Vista do Toldo.
Era gente de pulso firme e não se deixou abalar.
A família de Maria e Luizinho Damaso ficou por vários meses em Bela Vista do Sul e o bebê Jair Damaso da Silveira só foi batizado em Canoinhas, pelo Frei Menandro Kampe em meados de agosto de 1912, quando a família regressava do exílio.
Reconstruíram sua casa de morada no Salceiro, ainda maior e melhor, um casarão, hoje restaurado e tombado para preservação.
Dona Marica Damaso, como era conhecida, ainda teve mais uma filha, Alaíde, e vivenciou até 1915, os horrores da época da revolta do Contestado.
O casal teve ainda a desdita de ver seu pai e sogro decapitado por integrantes de um piquete de jagunços em Bela Vista do Toldo em 27 de julho de 1915, juntamente com 11 moradores. Era o comerciante octogenário Luís Damaso da Silveira.
O conflito terminou em 1916 e a vida voltou ao normal.
Maria Peters da Silveira foi um exemplo de mulher e tenho o maior orgulho do mundo de ser sua neta.

                                                                         * * *

domingo, 2 de agosto de 2009

Portal da Cidade de Papanduva SC

Monumento Histórico
▪ Mural central em mosaico cerâmico destaca o capim Papuã, origem do nome do município.
▪ Tropeiros - embriões da história papanduvense e a antiga Estrada da Mata – formadora do povoado no século XVIII; exuberante flora e pinheiro – ícone e madeira que representa um dos primeiros ciclos econômicos.
▪ Colunas em forma de pinhões - alimento para animais e humanos; milho -representa a fartura, a agroindústria e a fertilidade do solo; engrenagens – simbolizam as indústrias, o progresso e o desenvolvimento econômico; seixos lembram a beleza natural e as pedras do rio Itajaí com uma de suas nascentes no Município de Papanduva;
▪ Viga em concreto armado com imagens de produtos da terra ressalta a vocação agrícola do Município. O centro da viga sinaliza Papanduva como divisor de águas que correm para a Bacia do Atlântico Sul e para a Bacia do Prata.
▪ A Cuia de chimarrão representa a primeira riqueza e hospitalidade.
▪ N - S ► Norte e Sul ►- senso de rumo de um povo e orientação.

Portal com concepção e execução artística de Evaldo Greinert. 2008

Placa explicativa Portal: 0,60 X 0,50 cm 02 mm de espessura

Texto Sinira Ribas

domingo, 26 de julho de 2009

Algo Mais sobre o Contestado


Algo mais sobre o Contestado


Como catarinenses tecemos algumas considerações sobre a Questão do Contestado e desdobramentos.
Muito já se falou no tema, contando a história sob diversos ângulos. Geralmente, para a população, uma história é contada pelos vencedores, pelo menos na historiografia oficial. Nunca é pelos vencidos.
Os principais agentes da guerra eram os "jagunços", nome dado a exemplo de elementos do episódio de Canudos, acontecido em outro ponto do país. Eram também os militares, os governos, os proprietários de terras, a população civil e os vaqueanos, peões contratados pelos fazendeiros para sua defesa.
Nos dias de hoje, os descendentes dos chamados jagunços, oprimidos, ou injustiçados contam a história de outra maneira. São muitos deles, nos dias de hoje, professores ou estudantes universitários, desenvolvem trabalhos de pesquisa e podem esmiuçar os fatos e descobrir as verdadeiras causas do conflito.
Este é um lado bom dos fatos - o resgate e não só a mágoa, a miséria ou o atraso de vida que tiveram muitas famílias.
A Universidade do Contestado tem uma disciplina específica para estes estudos em todas as suas unidades.
Alguns municípios elaboram monumentos, realizam palestras, exposições, peças teatrais e festividades resgatando a saga do Contestado. Caçador se destaca com seu Museu Histórico, Geográfico e Antropológico.
Outro fator positivo que merece registro é o fato de que a população do Contestado é congregada, aprendeu a solidariedade e desenvolveu o espírito de cooperação. É gente aguerrida e briosa, sejam os descendentes do caboclo pardo do contestado ou os descendentes dos fazendeiros.
É gente unida e batalhadora que serve de exemplo para outras regiões do país.
sinira@globo.com             Junho de 2009

sábado, 30 de maio de 2009

História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Brasilidade


História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena em Coleção
                                                        B R A S I L I D A D E

                                 Sinira e Ribas

Não há como banalizar a forte presença de heranças africanas e indígenas na formação do povo brasileiro.
Essa presença está evidenciada de forma marcante no modo de viver, pensar e trabalhar da população; está impregnada na língua, economia, religiosidade, culinária, dança, música, esporte e festas populares. É preciso recontar a história do Brasil enxergando o afrodescendente e o indígena como sujeitos desta história e não só como descendentes de escravos de outros tempos ou de primitivos habitantes das selvas.
Com este propósito surge o Caderno Pedagógico II de Sinira e Ribas - Dutty Editora:
Brasilidade. História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena destinado ao Ensino Fundamental.
Esta é uma proposta que trata da valiosa contribuição da comunidade afro-brasileira e indígena para a formação da sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil.
       Apresentamos o caderno Pedagógico “Brasilidade. História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
      O presente trabalho vem ao encontro às necessidades das escolas em cumprimento à Lei 11.645 que torna obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena nos estabelecimentos de ensino fundamental e ensino médio, públicos e privados. Busca, ainda, levar alunos e educadores a se posicionarem de maneira reflexiva e crítica sobre o significado e abrangência que o tema propõe.
     A proposta deste caderno pedagógico é repensar a forma de trabalhar a multiculturalidade na escola numa tentativa de contribuir com a construção de relações em que a diversidade seja foco de respeito e reflexão.
    O estudante e a sociedade devem reconhecer o quanto herdaram dos indígenas e das culturas trazidas pelos africanos, além de outras contribuições, para fortalecer sentimento de BRASILIDADE.

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quarta-feira, 22 de abril de 2009


"Coleção Corpo Enxuto I e IITema Interdisciplinar - Sáude
OBESIDADE INFANTILDestinado ao público infantil de
1º ao 5º ano do Ensino Fundamental."

Imaginário Infantil
Através das historinhas das Coleções Corpo Enxuto, a criança vive outra vida, ou seja, a vida da personagem da história e usando a imaginação, vai viajando, reelaborando sua realidade pela imaginação, pela fantasia.
Esta obra de literatura paradidática, assim como as fábulas, se servem de animais como personagens.
Em se tratando de trabalho paradidático onde se evidencia o mundo de “faz-de-conta”, tão ao gosto das crianças. é importante  trabalhar o imaginário e a fantasia.
Tanto quanto agora na pós-modernidade, já em 1924, Walter Benjamim conclui que “nas fábulas, as crianças se divertem e aprendem muito mais com animais que falam e agem como pessoas do que com outros textos ricos em idéias”.
Os textos das fábulas de Esopo e La Fontaine educam e desde remotos tempos, como qualquer leitor, a criança extrai a moral da história e aprende de maneira lúdica.
Incentivados por professores, as crianças participam de atividades, e demonstram através de textos, desenhos, dramatizações, gestos e conversas suas angústias, alegrias, vontades e dúvidas ao colocarem-se no lugar dos personagens, vivenciando momentos do seu cotidiano e captando a moral da história.
           Uma criança ao ouvir contos, transforma as palavras que lhe são contadas, trazendo lembranças, desejos, personagens, dúvidas, medos,  associações e tirando suas próprias conclusões. Assim seu imaginário é trabalhado e explorado.
Com os exemplos dos personagens das Coleções Corpo Enxuto, a criança não só relaciona fatos e infere conclusões, como explora estes mesmos fatos, analisa situações, tirando-lhe significados e retirando visões.

Quando a criança entra no “mundo” da fantasia e da imaginação de um conto ou historinha, ela elabora hipóteses para a resolução de seus problemas e pensa em atitudes e soluções indo além daquelas de sua experiência cotidiana, buscando alternativas para transformar a realidade.

                                                                Mexa-se


Dutty - Editora e Comércio de Livros Ltda.:
Contatar Sinira@globo.com

         Coleção Corpo Enxuto II 
Projeto de Saúde Preventiva à
Obesidade Infantil 

                Coautores
                                 
Sinira Damaso Ribas, pesquisadora, palestrante, genealogista, sócia-fundadora do INGESC (Instituto de Genealogia do Estado de Santa Catarina). Pedagoga, pós-graduanda em Parapsicologia Sistêmica, Administradora Escolar do grupo Especialista em Assuntos Educacionais. Pós-graduada em Interdisciplinaridade. Professora do Ensino Fundamental, Médio e Superior. Escritora de obras históricas, romances, livros didáticos e paradidáticos para professores, pais e alunos.


Humberto Jair Damaso Ribas, Clínico geral, Homeopata, Esteta e Terapeuta da Obesidade.




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domingo, 1 de março de 2009

Voltinha do Rio Papanduva


Na época em que se desenrola o romance “O Amor do Tropeiro nos Caminhos do Sul”, de Sinira Damaso Ribas ( século XIX), este local se tornou palco de encontros do casalzinho amoroso da história.
Naquele tempo, 1815, na fase do tropeirismo, esta planície, se chamava “Alto Plaino do Papanduva”, e o rio, com bastante água, constava nos relatórios das tropeadas, como “Ribeirão do Papanduva”.
A Voltinha do rio era ladeada por aroeiras e guamirins.
Águas cristalinas desciam num suave murmurejo e a natureza ao redor convidava ao amor.
Precisamos resgatar este cartão postal de Papanduva

CONSTELAÇÃO FAMILIAR SISTÊMICA E XAMÂNICA

Conhece a constelação xamânica? Dinâmica que muito tem ajudado pessoas a ver situações que se tornam problemas em suas vidas e mostra as sol...